sábado, 26 de fevereiro de 2011

De herança, uma PALMATÓRIA - I I

É preciso registrar aqui, que a palmatória lá de casa nunca me causou pavor. Para mim, era mais um objeto de decoração. Não foi minha mãe que ofereceu à professora particular, foi ela que pediu emprestada... creio que não se "garantia", no dizer de hoje, e se "apoiava" no "instrumento de tortura"....

Pois bem. Alguns anos após as tais aulas particulares, a professora não mais foi vista. Mudou-se da nossa rua (Barão de Aratanha), não se soube para onde. Esquecemos da palmatória que, por direito de herança, seria da Zélia Maria, minha irmã mais velha. 
(Foto do blog Pedagogia &Vida, de Eduardo Marculino)
Umas quatro décadas depois, morando eu no Rio de Janeiro, em minhas muitas viagens a Juiz de Fora, em Minas, entrando em um antiquário, num espanto, gritei para o meu marido :- igualzinha à palmatória da mamãe! Aí, não titubeei, comprei a bichinha...afinal
não me trazia má lembrança, era apenas uma relíquia de famíla.

Acontece que, ultimamente, venho me desfazendo de muitos "guardados", de objetos adquiridos em viagens...Há dias, portanto,
vendi, entre outras coisas, a palmatória mineira.É possível que ela ainda esteja exposta na Feira de Antiquários do Center Um, à rua
Santos Dumont. Querendo conhecer uma palmtória ,"ao vivo", vale conferir.... lá tem coisas antigas curiosas...
O mais interessante é que, a pessoa a quem vendi a palmatória, é
amiga daquela tal professora particular da Barão de Aratanha. Pretendo encontrá-la, "cobrar" a PALMATÓRIA deixada pela minha bisavó Dona Anna Carlota Bezerra de Menezes e entregar, solenemente, à Zelia Maria. No mesmo ato, ela passará às mãos da Joélia, sua filha mais velha......não se "quebra" uma tradição de família assim....sem mais, nem menos !

Eu volto......um abraço!

5 comentários:

  1. Lucia,a partir de hoje, quero uma carona na sua cadeirinha. Parabéns pelo blog! Bjs!

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  2. Gênia, querida, você me achou!
    Obrigada, carona garantida! Beijos!

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  3. Eu não sei, Lúcia, se vale a pena se apegar tanto a um objeto de tortura. Como recordação de família, menos mau; mas como um troféu, gosto duvidoso. Beijos

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  4. Depende do que este objeto representa para você.
    Nunca fui torturada com palmatória. Portanto,gosto dela, tanto quanto do almofariz, onde minha mãe socava nossos remedinhos caseiros(que não eram gostosos), ou da compoteira, onde ela punha deliciosos doces. Há gosto pra tudo,né colega? Beijos!

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  5. Voltei para revisitar o seu passado blogueiro, encontram-se por aqui lindas relíquias que merecem ser lidas. Também nunca temi palmatória ou outro objecto parecido, não porque já não se usasse nas escolas mas porque eu era uma paz d'alma, que não perturbava em nada as aulas. Silenciosa até demais. Hoje já não é bem assim...
    Beijinhos, uma linda semana
    Ruthia d'O Berço do Mundo

    P.S. Toda a gente devia fazer uma faxina dessas, uma vez por ano. É incrível como o ser humano tem tendência para acumular....

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